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Rotas possíveis de um sopro para dentro. Estudos recentes têm mostrado que estamos respirando cada vez menos. E o motivo não vem apenas das questões climáticas, mas de algo bem mais inusitado: uma espécie de apneia diurna causada pelo tempo que passamos conectados ao mundo virtual. A inspiração e a expiração ficam mais superficiais e o organismo reage com mudanças na frequência cardíaca e na própria saúde mental e física como um todo. Foi impulsionado por essa questão genuinmente contemporânea que decidi criar desenhos usando  estados de apneia como um gesto. E para produzir cada obra, a respiração era interrompida até o limite do fôlego, algo que durava em média 40 segundos. Os desenhos também propõem uma mistura inusitada entre a tinta acrílica e o extrato de própolis, uma substância com propriedades terapêuticas, cujo aroma acaba acionando uma memória olfativa relacionada à cura. O que me interessava neste percurso era habitar o intervalo, o “entre”, aceitando o inacabado e o instável não apenas como potência, mas também como ruptura. E foi assim que, ao agrupar todos os desenhos, surgiu uma espécie de partitura visual que parece dilatar no espaço estas pequenas frações de tempo.  Virgilio Neves, março de 2025

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Rotas possíveis

de um sopro para dentro.

Instalação.

Acrílica e extrato

de própolis sobre papel

Canson 300g

28x21 cm(cada)

2025

Apresentado na mostra

"Rotas para habitar

o nós", realizada

em parceria com a artista

Rafaela Jemmene.

Curadoria de 

Andrés I.M. Hernández,

no Casarão da FESP/SP

em março e abril de 2025

Outros trabalhos apresentados nesta mostra:

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Permeantes, Rafaela Jemmene e Virgilio Neves, 2025

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Big Bang, 

Objeto com moldagem

e impressão em

placa de acrílico,

4x2 cm,

2025

Electra

Vídeo captado e editado

em câmera de celular.

2 min, 8 seg

2025

Vídeo percorrendo a mostra

apresentando os trabalhos de Virgilio Neves e Rafaela Jemmene.

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